QUEM SOU?

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Goiania, Brazil
Um homem simplesmente aí, jogado no rio do devir a procura de si mesmo. Um campo de batalha... uma corda sobre o abismo, um ser no mundo corroido pela angustia da certerza da própria morte, mas que faz dessa consciencia da finitude um motivo para se responsabilizar mais por cada uma de suas escolhas.http://lattes.cnpq.br/9298867655795257

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Devaneios vespertinos1

Estou me sentindo oco...brigando pelo espaço entre coisas que me espreitam...inertes, plenas, sem segredo...Eu mal consigo permanecer, durar... arrasto-me recusando a ser um espectador de um mundo onde nao há nada para ver... ou um ator num drama onde nao há nada para se fazer...Descobri-me aqui... simplesmente aí jogado entre as coisas e obrigado a ter que ser...mesmo sabendo que serei sempre uma fenda na plenitude do nada que me corrói e me joga a todo instante na cara minha finitude nas figuras do desejo e da morte.
E daí, tudo continuará o mesmo... uma terça feira nublada com um calor infernal no planalto central.

Wanderley Jr.

domingo, 20 de setembro de 2009

O sentido de natureza para os primeiros filósofos - Pré-socráticos

Physis - Voz ativa: phyein – o produzir por si mesmo, o brotar, o surgir, o emergir, o vigorar, o imperar, o que tende a permanecer em estado de Alétheia (des-velamento). Voz média: phyesthai - Crescer, desenvolver-se. Raiz Verbal: Phy (pha - luz) - Physis - o que surge para a luz. O emergir do velado para o des-velado. Daí, Physis como o Surgir, o desenvolver-se, o manifestar-se a partir de si mesmo. Fonte originária e princípio gerador e organizador de todas as coisas. Aquilo pelo qual se desenvolve e se renova a totalidade do ente. Heidegger destaca três aspectos fundamentais do termo physis: 1º - A physis é aquilo que por si brota, emerge, abre-se e se manifesta. É Arché (princípio originário e regulador) e fim de todas as coisas. A physis é o próprio Ser que torna possível o demorar, o estar estendido diante de... o durar enquanto emergir do velado para o des-velado, que nada mais é do que um constante encaminhar-se novamente para o velado. 2º - Para os gregos não há distinção entre o psíquico e o natural. A physis envolve o psíquico. A natureza é natura naturans, não distinção entre natureza animada e natureza inanimada, tudo, enfim, possui alma.(hylopsiquismo, Pan-psiquismo). A physis é uma força misteriosa, princípio divino e ordenador que não se confunde com o sem sentido, com o acaso ou o caos. Até mesmo os deuses pertencem à physis, que possuiria um princípio inteligível, um logos. 3º - A physis é a totalidade de tudo que é. A aurora, o nascimento das plantas, dos animais e dos homens. Physis é a montanha, a pedra, o pensar e o agir de homens e deuses, etc. Pensando a physis, pensa-se o Ser, a totalidade do real: o cosmos, os deuses, os entes particulares, a verdade, o movimento, etc. Originariamente Ser é pensado como: O Estar em si, surgir de si, o que permanece – a Physis e como o perdurar, o permanecer estendido diante de... a consistência - ousia. Por haver conservado apenas o sentido estático do Ser, ou seja, o Ser como Ousia, como a pura efetividade, o que está aí diante de mim, a Metafísica ocidental tornou-se o âmbito do esquecimento do Ser. Cabe rememorar, portanto, o sentido originário de Ser como physis, a pura possibilidade, o abismo sem fundo de onde o ente essencializa seu próprio Ser.

Devaneios noturnos1

Gosto do confronto, do debate, mas nao admito ressentimentos ou o uso de belas palavras para persuadir. No ofício do pensar e na tarefa de desconstruir os discursos que legitimam os falsos consensos cristalizados em verdades não há lugar para complacências, mas apenas para o diálogo entre aqueles que são amigos e iguais num caminho, onde a busca do caminho é o próprio caminho..