Ontem a noite dediquei parte do meu tempo para assistir alguns telejornais. E gostaria de fazer alguns comentários sobre o que vi.
Primeiro, a tragédia no morro do Bumba em Niterói – Mais uma vez a ignorância, miséria alia-se a incompetência e descaso do poder público, particularmente para com os mais humildes.
Diante de tragédias como a do Haiti, Morro do Bumba, e tantas outras que recaem sobre os mais miseráveis, as vezes pergunto – Que Deus sábio e misericordioso é esse, que cada vez mais confirma a tese de que desgraça pouca é bobagem. Nenhum deus criado pelo homem vale sequer a lágrima e o sofrimento de uma criança ou de um miserável qualquer.
De repente, na televisão aparece a figura grotesca, para não dizer patética, de sua excelência Gilmar Mendes falando obviedades acerca da reclamação de Lula contra juízes. O cara aparenta que está numa ressaca eterna e, convenhamos, não tem idoneidade moral para atacar um líder como Lula.
Gilmar Mendes, presidente do STF, é o tipo de autoridade que depõe contra a equação socrático-platônica – conhecimento = virtude. Não passa de um homem instruído no campo jurídico, mas não tem disposição para a prática do Bem ou da virtude. É um canalha arrogante como tantos outros juízos, que fazem do judiciário um dos poderes mais podres e corruptos dessa pseudo-democracia tupiniquim.
Platão equivocou-se ao pensar que aquele que sabe discernir a verdade do erro está apto também a discernir o Bem do Mal, a virtude do vício.
Quando mudo de canal, vejo Dom Marconi em frente ao Crer fazendo propaganda política – o novo de novo não. Não queremos ser assaltados mais uma vez. E aí não aguentei e foi ler Nietzsche.
Wanderle Jr.
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