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Um homem simplesmente aí, jogado no rio do devir a procura de si mesmo. Um campo de batalha... uma corda sobre o abismo, um ser no mundo corroido pela angustia da certerza da própria morte, mas que faz dessa consciencia da finitude um motivo para se responsabilizar mais por cada uma de suas escolhas.http://lattes.cnpq.br/9298867655795257

segunda-feira, 21 de março de 2011

CARTA ABERTA AOS PROFESSORES DA UEG

A Universidade Estadual de Goiás – UEG- foi criada em 1999, por unificação de algumas Instituições isoladas existentes no estado. Em pouco mais de uma década a UEG vivenciou uma expressiva expansão em suas Unidades e acumulou um conjunto de deficiências que necessitam ser ultrapassadas para que a Instituição consiga plenamente desempenhar sua função de produzir conhecimento que contribua para a superação de inúmeras mazelas sociais que afligem o povo goiano.

O atual estágio de desenvolvimento sócio econômico de Goiás, demanda a existência de uma Universidade Pública de caráter Popular, produtora de tecnologia e de saberes. No entanto, uma série de entraves vem prejudicando o pleno funcionamento da UEG e por conseqüência, obstruindo os avanços necessários exigidos por nossa sociedade. Nos últimos três anos a Universidade vivenciou estrangulamento orçamentário, através do não repasse dos recursos determinados por lei. Só no ano de 2009, foram cortados 37,2 milhões de Reais. A lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), prevê para este ano, uma soma de 142 milhões provenientes do Tesouro Estadual, que mesmo somados aos recursos gerados pela própria Universidade (36 milhões), são insuficientes para a manutenção, implementação de laboratórios, biblioteca, construção de prédios e estabelecer o devido suporte a investigação científica. A UEG carece ainda de realização de concursos públicos para a contratação de Professores e Técnicos Administrativos, pois somente 35% do quadro Docente e 12% da equipe de Técnicos são efetivos. A conquista da autonomia didática – pedagógica, científica e de gestão financeira, precisa ser concretizada em nossa Universidade, vista pelos diferentes governos como uma secretaria do Poder Executivo. Na prática a Secretaria da Fazenda é a instância de decisão financeira, sendo comum a nomeação e contratação por ingerência política sem a menor consulta ás instâncias colegiadas da Instituição.

A superação desta realidade só será possível com a concreta participação da Comunidade Acadêmica de forma direta e quando exigido, através de suas entidades representativas e autônomas. Neste sentido se faz necessário avançarmos na organização de nossa categoria, é preciso ir além do mero associativismo descomprometido com os reais interesses da ampla maioria dos Professores. Construirmos um combativo SINDICATO, que incorpore todos os Docentes da UEG (Doutores, Mestres, Especialistas, Temporários e Efetivos, Estáveis ou em Estágio Probatório), para que de forma unitária possamos potencializar nossas reivindicações, a concretização desta tarefa é urgente e de fundamental importância para categoria Docente, para a Universidade e para todo o Povo Goiano. .

O atual quadro político em Goiás e em todo Brasil está apontando para um aprofundamento das políticas de matriz neoliberal com sérias implicações para o futuro da UEG. Em outros estados as Universidades Estaduais, também apresentam problemas e seus Professores, vem intensificando e aprimorando suas formas de discussão, decisão e organização. Neste sentido o ANDES – SN (Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior – Sindicato Nacional), vem exercendo importante papel na intransigente defesa do ensino público e de qualidade em nosso país. Um momento claro desta batalha foi a importante denúncia contra as chamadas "Fundações de Apoio", verdadeira caixas secretas no interior das Instituições Públicas, recentemente desmascaradas.

Integrar o Sindicato Nacional é tarefa imperiosa para a defesa da UEG Pública e da reivindicação de seu quadro Docente. Construir a SEÇÃO SINDICAL DO ANDES é avançar na luta pela autonomia universitária, contra a ingerência e os autoritarismos:

- PELA DEFESA DA AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA

- CONTRA A INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL NA UEG

- PELA UNIDADE ORGANIZATIVA DOS PROFESSORES DA UEG

- PELA CONSTRUÇÃO DO SINDUEG: SEÇÃO SINDICAL DO ANDES-SN

- PELA IMEDIATA NOMEAÇÃO DO CADASTRO DE RESERVA E REALIZAÇÃO DE NOVO CONCURSO

- AMPLIAÇÃO DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, MAIS VERBAS PARA A UEG

- VERBAS PÚBLICAS SÓ PARA O ENSINO PÚBLICO

- PELA AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DAS BIBLIOTECAS

- CRIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DE LABORATÓRIOS

- RESPEITO À AUTONOMIA DA UEG

- POR UMA UEG PÚBLICA, GRATUÍTA, DE QUALIDADE E POPULAR.

- REGIME DE TRABALHO ÚNICO PARA TODA A CATEGORIA, DEFESA DA ISONOMIA.

- INCENTIVO A PESQUISA E EXTENSÃO

- PELA CONSTRUÇÃO DO I CONGRESSO DOS PROFESSORES DA UEG

Assina este:

Prof.º Robson de Moraes (UnU. Cidade de Goiás)

Prof.º Ângelo Cavalcante (UnU. Itumbiara)

2 comentários:

  1. INTERVENÇÃO NA UEG: UM ERRO QUE CUSTARÁ CARO
    Desde que a UEG foi criada em 1999 nunca um candidato ao governo de Goiás recebeu tanto apoio da comunidade universitária da UEG como recebeu Marconi Perillo em sua campanha em 2010. O maior compromisso firmado por ele junto a reitoria , sindicatos e diretores era que respeitaria a autonomia da UEG e não se imiscuiria nas questões político-administrativas internas da UEG. Após a eleição Marconi passou a perna na UEG. Não respeitou nada daquilo que havia dito quando era candidato e fez intervenção na UEG distribuindo os cargos de Pró-Reitores entre cabos eleitorais . Foi um duro golpe na democracia e na autonomia da instituição. Em 2014 Marconi sentirá o sabor amargo da traição quando esta mesma UEG resolver dar-lhe as costas na campanha eleitoral.

    Prof. Sergio D. Silva (Ipamerí)

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  2. Bom isso ser colocado na integra a todos os acadêmicos,pois muitos não sabem dessa sujeira que está sendo varida para baixo do tapete.Que vergonha seu marconi Perillo, uma vez que o Sr° não consegui fazer dos universitários massa de manobra para seu curral eleitoral, então trai à todos com seus joguinhos de politicagem

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