Todo apoio aos companheiros de luta criminalizados pela
mídia venal e seus (de) formadores de opinão e rotulados de vândalos
mascarados....
Não sei se por incompetência ou
má fé, mas nossas autoridades e a sociedade em geral parecerem não querer ver
que a raiva, o ódio, a radicalidade das ações dos jovens rotulados de vândalos
são expressões de vida, de vitalidade de uma sociedade doente afundada no
consumismo e conformada com uma vida besta sem sentido.
Esses jovens e seus gestos aparentemente violentos trazem a
esperança de que nem tudo esta perdido nessa vida cada vez mais artificializada
e simulada no ciberespaço mediante a hiper--realização
do real por imagens. Autoridades e os experts ao tratarem das ações mais
radicais nas manifestações, falam sempre em manutenção da ordem pública, uma
ordem que só interessa à canalha no poder e ao aviltante animal de rebanho em
que se transformou o urbanoide - essa bárbaro conectado e manipulados pelas
mídias – o bom cidadão.
Quantos de nós, confessem, não
chutamos, esmurramos ou jogamos um extintor de incêndio num caixa eletrônico
junto com esses jovens. É certo que a violência explícita desses jovens podem
assustar as ovelhas e seus pastores, mas o que falar da violência legalizada da
policia, da violência surda que nos massacra através de impostos, que mais parecem
um confisco, dessa violência oficializada
nos juros do sistema financeiro, na falta de saúde, educação, etc.
Por que não começar a perguntar
sobre as causas e motivações que movem a maioria desses jovens? E uma atitude
preguiçosa e covarde simplesmente tachá-los de bandidos. Por trás das máscaras
veremos que existem pessoas normais, apenas com um pouco mais de coragem de
gritar seus medos, sua falta de esperança num país governado por néscios que
são legitimados no poder por um bando da
fantoches que temem a própria sombra...
O sistema, o Estado querem
disseminar o medo, e nada melhor para alimentar o medo que manter as pessoas na
ignorância. O Estado nos quer medrosos e ignorantes e, pior, felizes na
sujeição de nossas mentes, corpos e desejos com o objetivo de manter a todo
custo a ordem pública.
O que me desespera é que, como disse certa vez Eduardo Galeano – “Estamos
guardando um silêncio bastante parecido com a estupidez”.
“A ânsia de destruir é também uma
ânsia de criar o novo”. Bakunin.
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