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Goiania, Brazil
Um homem simplesmente aí, jogado no rio do devir a procura de si mesmo. Um campo de batalha... uma corda sobre o abismo, um ser no mundo corroido pela angustia da certerza da própria morte, mas que faz dessa consciencia da finitude um motivo para se responsabilizar mais por cada uma de suas escolhas.http://lattes.cnpq.br/9298867655795257

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Manifestações de Junho - 2-13



Todo apoio aos companheiros de luta criminalizados pela mídia venal e seus (de) formadores de opinão e rotulados de vândalos mascarados....
Não sei se por incompetência ou má fé, mas nossas autoridades e a sociedade em geral parecerem não querer ver que a raiva, o ódio, a radicalidade das ações dos jovens rotulados de vândalos são expressões de vida, de vitalidade de uma sociedade doente afundada no consumismo e conformada com uma vida besta sem sentido.
Esses jovens e seus  gestos aparentemente violentos trazem a esperança de que nem tudo esta perdido nessa vida cada vez mais artificializada e simulada no ciberespaço  mediante a hiper--realização do real por imagens. Autoridades e os experts ao tratarem das ações mais radicais nas manifestações, falam sempre em manutenção da ordem pública, uma ordem que só interessa à canalha no poder e ao aviltante animal de rebanho em que se transformou  o urbanoide  - essa bárbaro conectado e manipulados pelas mídias – o bom cidadão.
Quantos de nós, confessem, não chutamos, esmurramos ou jogamos um extintor de incêndio num caixa eletrônico junto com esses jovens. É certo que a violência explícita desses jovens podem assustar as ovelhas e seus pastores, mas o que falar da violência legalizada da policia, da violência surda que nos massacra através de impostos, que mais parecem um confisco,  dessa violência oficializada nos juros do sistema financeiro, na falta de saúde, educação, etc.
Por que não começar a perguntar sobre as causas e motivações que movem a maioria desses jovens? E uma atitude preguiçosa e covarde simplesmente tachá-los de bandidos. Por trás das máscaras veremos que existem pessoas normais, apenas com um pouco mais de coragem de gritar seus medos, sua falta de esperança num país governado por néscios que são legitimados no poder  por um bando da fantoches que temem a própria sombra...
O sistema, o Estado querem disseminar o medo, e nada melhor para alimentar o medo que manter as pessoas na ignorância. O Estado nos quer medrosos e ignorantes e, pior, felizes na sujeição de nossas mentes, corpos e desejos com o objetivo de manter a todo custo a ordem pública.
O que me desespera é  que, como disse certa vez Eduardo Galeano – “Estamos guardando um silêncio bastante parecido com a estupidez”.
“A ânsia de destruir é também uma ânsia de criar o novo”. Bakunin.

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