Suporto mal essa existência medíocre em que tenho que conviver com a canalha. Esses vermes que rastejam anônimos pelos becos imundos infestados de ratos e baratas. E se amontoam em ônibus e igrejas clamando por um Deus piedoso e caridoso que nunca vem. Enquanto isso uma pseudo-elite burra toma o aparelho do Estado e assalta os cofres públicos. Patético. Infeliz uma época em que pensadores e artistas vivem a margem de uma sociedade afundada no consumo desvairado de bens... supérfluos. Lamentavelmente nos tornamos essa besta do trabalho, uma matéria prima, ou um ruído que as vezes deve ser banido para otimização da performance do sistema.
Enquanto isso, o homem vagueia anônimo e estranho em sua própria casa – a terra, desertificada pelo calculo e planificação. Tudo, absolutamente tudo é nivelado a condição de mercadoria por esse equivalente universal chamado dinheiro.
Contudo, antes de fazer a apologia do irracionalismo ou da loucura, devemos denunciar os desafios de uma razão que enlouqueceu.
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