Certamente
as estações de TVs já receberam inúmeros telefonemas, emails e cartas de
pessoas indignadas com a mediocridade, futilidade e banalidade daqueles que se
consideram artistas e que têm espaço na mídia brasileira. Como se não bastasse
a mediocridade e mesquinhez daqueles que são responsáveis pela programação dos
diversos canais da televisão brasileira, nossos pobres artistas não se cansam
de oferecer espetáculos patéticos da fraqueza humana. Será que esses programas vespertinos não tem nada
melhor para mostrar ou noticiar do que a
vida fútil e moralmente indecente desses “famosos” fabricados do dia para
noite... São realmente artistas esses famosos? Por que vcs não se preocupam em
mostrar a verdadeira cara desse Brasil? Existe gente que faz e pesquisa, enfim,
pessoas que realmente fazem uma nação
ser grande e que é totalmente avessa a essa vida mundana de prazeres
efêmeros dessas celebridades de mentira. Não quero impor normas, ou disseminar
uma doutrina moralista. Como disse o grande Nietzsche – por mim não são
inventados novos ídolos. Já é mais que tempo de assumirmos certas verdades que
hoje assumem a força de fatos consumados – Parem de alimentar a turba ignara
com notícias sobre a vida fútil dessa gente estúpida que se diz artista. Nosso
povo precisa ser educado de outra forma... A maioria dos programas de
televisão, as novelas, deseducam nosso povo... É realmente uma pena que pessoas
até talentosas estejam a serviço da
bestialização de um povo já por demais miserável de corpo e alma.
Ouso
mesmo dizer que um povo que passa pela dor e pelo sofrimento que agora se abate
sobre o povo iraquiano se tornará muito mais forte e unido enquanto nação do
que um povo, como o brasileiro, cuja história está repleta de côncavos, acordos
espúrios e traições dos interesses
populares... Nossa classe política, me faz preferir mil vezes um regime como o
de Sadan Hussen. Prefiro uma tirania sanguinária que aguça nossa vontade de
defendê-la ou combatê-la, do que uma pseudo-democracia legitimada pelo voto de
uma massa estúpida e ignara que nos entorpece com um sentimento de impotência
diante das autoridades constituídas e do próprio crime.
O
fato é que hoje a burrice, a futilidade,
a vaidade tacanha, o falatório que asfixia todo pensar, ocupa muito espaço na
televisão brasileira...Não importa se isso dá Ibope... Temos que reeducar essa
massa ignara quantificada pelo Ibope para
que passem a exigem mais pensamento, mais debate, mais discussão, enfim,
mais filosofia na televisão brasileira...
Não
podemos sufocar o pensamento e o cantar do poeta nessa publicidade de um mundo
onde todos parecem querer Ter seu minuto de fama, ainda que seja oferecendo um
espetáculo patético para milhões de pessoas.
Por
favor, parem de bestializar o pobre e carente povo brasileiro com esses
programas e novelas alienantes, que só nos tornam mais fracos diante da
dificuldade de nossa missão – elevar nosso país de sua crônica miséria material
e espiritual à estatura de uma verdadeira nação capaz de assumir seu verdadeiro
destino histórico. Por paradoxal que possa parecer, justamente agora, quando um
metalúrgico assume a presidência da República, parece ter chegado a hora de um choque cultural
nessa pobre sociedade brasileira
dilacerada pelos interesses corporativistas e aviltada e vilipendiada
por políticos, pastores e religiões inescrupulosas...
Mas
chegará o dia em que as novelinhas
ridículas serão substituídas por
banquetes filosóficos... mais arte, poesia e pensamento senhores... Estamos
ficando sem oxigênio nessa atmosfera propicia aos répteis...Tenham vergonha na
cara, tenham a coragem de mostrar a verdadeira cara desse país, que certamente
nada tem a ver com os rostos siliconados dessas fantoches disfarçados de
artistas....Com a palavra a filosofia:
“
Oh, povo miserável, filhos do acaso e da dor, é culpa minha se em vosso meio
tenho de me esconder e andar como uma cigana nas ruas e nas feiras. Vede minha
irmã, a arte, ela está como eu. Caímos entre bárbaros. Aqui nos falta justa causa...
Tendes antes uma civilização, e então sabereis o que a filosofia quer e pode.”
(Nietzsche. A Filosofia na época trágica dos gregos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário